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Circuit Breaker: o mecanismo que busca preservar a integridade dos mercados

Entenda o que é circuit breaker, como funciona e por que esse mecanismo importa para sua estratégia de investimentos globais.

17 set 2024

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Resumo

Em momentos de forte instabilidade, entender o funcionamento do mercado é mais do que necessário: é estratégico. O investidor precisa saber como se posicionar.

E uma das ferramentas mais críticas nesses episódios é o mecanismo de interrupção de negociações conhecido como Circuit Breaker.

Saber interpretar esse tipo de interrupção como parte da lógica do mercado, e não como uma falha, pode ser o diferencial entre proteger e dilapidar seu patrimônio.

Este conteúdo é para quem busca mais do que informação: busca estratégia, clareza e controle em tempos de turbulência.

Entenda o Circuit Breaker e sua função nos momentos de crise

O Circuit Breaker é um mecanismo de proteção adotado pelas bolsas de valores que busca conter movimentos abruptos de queda nos mercados.

Quando os preços dos ativos recuam de forma acentuada, a negociação é temporariamente suspensa.

O objetivo dessa paralisação do mercado? Estancar reações irracionais, reequilibrar as ordens e permitir que os investidores processem as informações com mais racionalidade.

Essa pausa segue critérios técnicos definidos previamente e visa preservar a integridade do mercado, evitando liquidações precipitadas que podem comprometer a estabilidade do sistema financeiro como um todo.

É uma medida excepcional, mas que se mostra necessária em momentos de estresse extremo.

Como o Circuit Breaker age para conter o colapso dos mercados

A aplicação do Circuit Breaker segue parâmetros objetivos e definidos com antecedência, evitando interpretações subjetivas em momentos de pânico.

Trata-se de um mecanismo automático: ao atingir determinados patamares de queda nos índices, o pregão é interrompido.

Essa suspensão tem função técnica e psicológica: permitir que o mercado respire, assimile os fatos e recupere parte da racionalidade perdida em meio ao estresse.

Veja como o processo se desenrola:

Estágio I — Queda de 7%

O primeiro gatilho é acionado quando o índice de referência da bolsa cai mais de 7% em relação ao fechamento anterior.

Nesse caso, todas as negociações são suspensas por 15 minutos.

Estágio II — Queda de 13%

Se, após a retomada, a queda se acentuar e ultrapassar 13%, o mercado é novamente paralisado por mais 15 minutos, buscando conter fluxos de venda em espiral.

Estágio III — Queda de 20%

Se a perda atingir ou superar 20%, as negociações são encerradas para o restante do dia.

Esse nível representa um cenário extremo e busca evitar danos estruturais à confiança no sistema.

Por que o Circuit Breaker é essencial para o mercado?

Em momentos de forte aversão ao risco, quando as ordens de venda se sobrepõem à racionalidade, a paralisação do mercado atua como uma válvula de contenção.

Seu papel é interromper o fluxo desordenado de ordens que poderiam aprofundar ainda mais a crise de confiança.

Ao suspender temporariamente os negócios, o mecanismo oferece um espaço para racionalizar as ações: investidores podem assimilar as informações, reavaliar estratégias e evitar decisões impulsivas.

Na prática, ele funciona como um freio de emergência, preservando a integridade do mercado e evitando que quedas técnicas se transformem em colapsos estruturais.

Esse tipo de proteção foi fundamental durante a crise de 2008 e a pandemia de 2020, quando evitou movimentos de pânico mais profundos.

E sim, pode ser acionado mais de uma vez no mesmo pregão, caso as quedas se intensifiquem. Trata-se de uma defesa institucional da estabilidade de longo prazo.

Qual a diferença entre leilão de ação e Circuit Breaker?

Embora ambos sejam mecanismos de contenção de volatilidade, eles operam com propósitos e escopos distintos.

O leilão é uma interrupção pontual e específica, acionada quando uma ação sofre uma oscilação brusca de preço, geralmente acima de 10% em um curto intervalo.

Ele permite que o mercado reequilibre a oferta e a demanda daquele ativo, preservando sua integridade de precificação.

Já o Circuit Breaker suspende o pregão como um todo.

Como apontado anteriormente, ele é ativado quando o índice da bolsa atinge quedas de 7%, 13% e 20%, respectivamente.

Ou seja, enquanto o leilão atua cirurgicamente sobre papéis individuais, o Circuit Breaker funciona como uma contenção sistêmica, voltada à proteção do mercado como um todo.

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Em quais momentos esse mecanismo foi acionado?

Ao longo da história, a suspensão temporária das negociações, usada como resposta a quedas abruptas e desequilíbrios extremos, serviu para conter reações irracionais, evitar colapsos sistêmicos e preservar a integridade do ambiente financeiro.

A seguir, alguns momentos emblemáticos em que esse mecanismo foi acionado:

Crise Asiática — 1997

O primeiro acionamento ocorreu em 1997 durante a crise asiática, que teve início na Tailândia e rapidamente se espalhou para outros países emergentes, gerando uma onda de pânico nos mercados globais.

Diante da desvalorização abrupta das bolsas, o índice Dow Jones implementou um modelo de equilíbrio inspirado no S&P 500, com o objetivo de mitigar oscilações extremas e restaurar a estabilidade das transações.

Esse movimento marcou uma inflexão importante na arquitetura de contenção de volatilidade.

Crise financeira — 2008

No auge da crise de 2008, uma das maiores já registradas na história, o Brasil recorreu diversas vezes à suspensão das negociações: foram seis acionamentos apenas em setembro e novas paralisações ao longo de outubro.

O colapso de instituições financeiras nos EUA reverberou em mercados emergentes, acelerando quedas e exigindo a ativação de mecanismos de controle.

Curiosamente, as bolsas americanas, embora epicentro da crise, não chegaram a interromper suas atividades naquele momento, evidenciando a robustez de seus sistemas e ressaltando a importância de se diversificar investimentos em mercados mais maduros.

Coronavírus — 2020

Em março de 2020, com a disseminação global do coronavírus e o colapso da previsibilidade econômica, os mercados entraram em estado de choque.

Nos Estados Unidos, o pré-mercado das bolsas americanas acionaram a suspensão após quedas superiores a 7% nos contratos futuros.

O Brasil seguiu o mesmo padrão, com paralisações sucessivas em meio à escalada do pânico e da incerteza.

Esse episódio evidenciou o papel das travas automáticas como instrumentos para proteger os investidores e evitar movimentos de venda descoordenados.

Como enfrentar o Circuit Breaker?

Momentos de paralisação nas bolsas testam o comportamento do investidor.

Reações impulsivas em meio ao caos são, muitas vezes, o maior risco.

Por isso, adotar uma postura consciente pode fazer toda a diferença na preservação do patrimônio. A seguir, três diretrizes fundamentais:

O que pode acontecer com as minhas ordens durante um Circuit Breaker?

Durante uma interrupção no pregão, a lógica operacional muda e entender como cada tipo de ordem se comporta pode evitar surpresas desnecessárias.

Veja abaixo os principais cenários:

Importante: durante a suspensão, ordens pendentes não podem ser alteradas ou canceladas. Fundos, bonds, Treasuries e certificados de depósito continuam operando normalmente.

Para navegar com mais confiança em momentos de instabilidade, é fundamental contar com uma plataforma sólida, transparente e preparada para atuar em mercados globais.

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Turbulência de mercado: hora de repensar, não de recuar

Entender os gatilhos e impactos do Circuit Breaker é essencial para manter racionalidade em momentos de pânico e, mais do que isso, para enxergar oportunidades quando muitos recuam.

Ao longo deste conteúdo, vimos que o Circuit Breaker não é sinal de colapso, mas um mecanismo essencial de contenção em momentos de estresse extremo no mercado.

Mais do que conhecer seus três níveis de acionamento, entender o histórico de momentos críticos e saber como reagir diante de uma suspensão pode ser o diferencial entre agir com estratégia ou por impulso.

Compreender essa dinâmica é parte do amadurecimento do investidor que deseja atuar com consciência em mercados globais.

DISCLAIMER

Avenue Securities LLC é membro da FINRA e da SIPC. Oferta de serviços intermediada por Avenue Securities DTVM. Veja todos os avisos importantes sobre investimento: https://avenue.us/termos/.

Qualquer informação não é um resumo completo ou declaração de todos os dados disponíveis necessários para tomar uma decisão de investimento e não constitui uma recomendação. Os investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os investidores.

Tenha em mente que não há garantia de que qualquer estratégia será bem sucedida ou lucrativa, nem protegerá contra uma perda.

O investimento internacional envolve riscos especiais, incluindo flutuações cambiais, diferentes padrões de contabilidade financeira e possível volatilidade política e econômica.

Redação Avenue

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